
AUTOCONHECIMENTO E TAROT
TAROT
A primeira informação documentada sobre o Tarô remonta à Idade Média Italiana mas não se pode datar sua origem dessa época e lugar pois já existia algo similar ao Tarô na Índia e na China.
O Tarô, origem do jogo de naipes, é um oráculo, um livro sagrado escrito não em palavras senão em setenta e oito páginas ou lâminas desenhadas em cores, cada uma com suas múltiplas e precisas correspondências e profundos significados, que ao serem primeiro estudadas e depois "embaralhadas" ou colocadas de diferentes formas simbólicas, atuarão magicamente no interior do usuário, servindo como veículo despertador da consciência e computador da inteligência; ou seja, como suporte simbólico do conhecimento metafísico.
A carta se lhe denomina "arcano", já que conecta com um mistério, com uma força sobrenatural, com um arquétipo que se revela nela, tanto quanto em qualquer símbolo sagrado, permitindo assim que esta energia superior tome uma forma capaz de tocar os sentidos humanos e permitir que o homem, partindo dessa base sensível, possa elevar-se para o conhecimento do que está além do mundo material, e inclusive, além do mundo psíquico, ou seja, os planos arquetípico e espiritual.
Um tal simbolismo tem sempre sido a referência de todas as culturas esotéricas e filosóficas bem sucedidas.
Os símbolos do Tarô, embora tenham sido sujeitos a várias modificações ao acompanharem o crescimento da humanidade, conservam seu valor depois de mais de quatro mil anos porque, sendo arquétipos que não podem ser traduzidos não podem ser traídos.
Os personagens simbólicos foram vestidos nos mais diversos estilos em função da evolução dos tempos e das modas.
O aspecto exterior do baralho, quando foi enriquecido com ornamentos e douraduras, pretendia exaltar a grandeza e o poder do possuidor; quando seu aspecto declinava, o tarô era simples e rude e realizado com pouco material e desse jeito penetrava as mais humildes camadas da população.
Em todo caso, só a roupa dos personagens ou o material mudavam, pois o conteúdo sempre continuou o mesmo, intacto, e suas significações ficaram idênticas para os grandes e os pequenos, os ricos e os pobres.
O homem de hoje, assim como o de ontem e de anteontem, sempre tem-se reconhecido nesses símbolos que ilustram as lâminas do Tarô; ele sempre tem-se encontrado passando de uma situação para a outra, como de um degrau para o outro, ascendendo e descendendo, igual aos personagens simbólicos do Tarô, seguindo o fio invisível que liga entre si todas as lâminas como as pérolas de um colar ou os elos de uma corrente.
Esses personagens simbólicos são como os degraus de uma escada. A partir do primeiro degrau (criação, nascimento), representado pelo mago, se chega , degrau por degrau ao vértice da escada, àquilo que os alquimistas chamam de "O Cumprimento da Obra", isto é, a conquista do nosso Mundo "Real", a Realização.
Todo ser, toda criatura existente no universo tem seu próprio ritmo de ascensão que depende do seu tamanho, o qual depende do seu conhecimento. Quanto maior o conhecimento, menos importante são os pequenos degraus; sobe-se os degraus maiores, sobe-se mais rápido.
O baralho consiste em 78 cartas que podem ser usadas para divinação ou como ferramenta de autoconhecimento. Estes 78 arcanos são divididos em quatro grupos distintos: 56 delas são chamadas de Arcanos Menores, dividas em quatro naipes : Paus, Espadas, Copas e Ouros. Cada naipe tem um Rei, uma Rainha, um Cavaleiro e um Valete, demais dez cartas baixas numeradas de 10 a 1. Os Arcanos Menores são a origem das cartas de jogar atuais. Tem ainda 22 laminas chamadas de Arcanos Maiores, numeradas de XXI a I, mais uma carta sem número ou 0 (zero) denominada O Louco.
